No post sobre os melhores de 2015, inclui a série na lista (porque já estava viciada!), mas então me dei conta de que, não tinha falado dela por aqui ainda #shamonme. Por isso vai ter textão sobre ‘Jessica Jones’ sim, e se reclamar, faço dois! Rs
A sinopse conta:
‘Desde que sua curta vida como super-heroína acabou de forma trágica, Jessica Jones (Krysten Ritter) vem reconstruindo sua carreira e passou a levar a vida como detetive particular no bairro de Hell’s Kitchen, em Nova York, na sua própria agência de investigações.
Porém, mesmo tentando fugir do passado, seus demônios particulares vão voltar a persegui-la, na figura de Zebediah Kilgrave (David Tennant), um obsessivo vilão que fará de tudo para chamar a atenção de Jessica.’
Mas a série vai MUITO além disso.
Desde que a febre pop dos quadrinhos invadindo os cinemas aconteceu, não consigo citar um exemplo relevante de qualquer obra que fosse tão feminista quanto ‘Jessica Jones’.
Primeiro por desenvolver personagens complexos e que retratam tão bem as mensagens que querem passar, a começar pelo vilão, Kilgrave. Aliás, vilão é um ótimo título, mas o personagem é apenas uma metáfora de um homem abusivo.
Kilgrave, com seus ~poderes~ não apenas abusa e manipula até o limite, para que todos possam realizar seus desejos, mas também chantageia e ameaça, causando marcas irreparáveis em suas vitimas e as tornando culpadas diretamente pelo que fizeram.
Apenas por mostrar esse lado da moeda, a série já deveria ser obrigação na lista de maratonas, mas se eu ainda não te convenci, continua lendo.
Jessica é o centro complexo da história. Vitima de estresse pós-traumático, ela é o retrato de uma mulher psicologicamente abalada, cheia de culpa, problemas com o álcool e em confiar nos outros. A super-heroína é completamente humanizada e toca em outro ponto forte na trama: as marcas do abuso a longo prazo e a forma como encaramos isso dentro da nossa sociedade.
O fato de poucas pessoas acreditarem na existência de um homem tão perverso, culpabilizarem a vitima e, muitas vezes, não darem a importância/amparo devidos a situação, só fica ainda mais claro ao assisti-la.
A série ainda conta com mais personagens fortes: Trish (Rachel Taylor), a melhor amiga de Jessica seria o estereótipo perfeito, mas surpreende, exatamente como a fria e poderosa Jeryn Hogarth (Carrie-Anne Moss), uma das clientes de Jessica, que seria tranquilamente papel para um homem, mas que foi entregue a uma mulher.
Além de todos esses personagens incríveis, a série ainda conta com o fator trama. Com um história rica e uma produção grandiosa, ‘Jessica Jones’ é ousada. Carrega o peso do nome Marvel, mas conta um história diferente, retrata o novo, a atualidade.
É uma série importante para nós, mulheres. Empondera, cuida e alerta! Além de ser irônica e sarcástica, cheia de piadas inteligentes e tiradas excelentes.
-girl power mode *on*-
Não sei o que você tá esperando, porque a primeira temporada de ‘Jessica Jones’ tá inteirinha disponível no Netflix, então, corre!
E se você assistir ou já assistiu, não esquece de me contar aqui embaixo o que achou!
Beijos♥