Aqui você fica sabendo tudo o que achei dos livros que li no mês que acabou de acabar.
Se você tem algum livro legal pra me indicar, não esquece que dá pra comentar!
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As Parceiras – Lya Luft
Editora: Record
Sinopse:‘Em ‘As Parceiras’ somos apresentados à Anelise, vida à beira do caos, que procura no passado as razões para seu infortúnio. Ao passar das páginas, ela encontra a coragem para enfrentar os fantasmas que a perseguem: a avó Catarina – obrigada a casar aos 14 anos com um homem violento; a tia Beata – uma viúva virgem, marcada pela tragédia; a tia anã – figura grotesca que marca sua infância; a amiga Adélia – ausência para sempre sentida; a irmã Vânia – seu oposto completo, forte e decidida, mas com um estranho segredo. O clima sufocante dessa narrativa opera uma estranha hipnose sobre o leitor, uma sedução que o apanha de surpresa, o levando para uma dimensão torturada. Um universo com temáticas perigosas, como conturbadas relações familiares, traumas da infância e suas sequelas na vida adulta. ‘A vida é maravilhosa, mesmo quando dolorida. Eu gostaria que na correria da época atual a gente pudesse se permitir, criar, uma pequena ilha de contemplação, de autocontemplação, de onde se pudesse ver melhor todas as coisas: com mais generosidade, mais otimismo, mais respeito, mais silêncio, mais prazer’, argumenta a escritora em uma de suas entrevistas.’
O que eu achei: Lya Luft é uma autora incrível.
A forma como descreve cada sentimento dos personagens de ‘As Parceiras’ tem o tom certo e afogam ao leitor com a veracidade de cada um.
Surpreende a quem nunca leu uma de suas obras (meu caso), o fato da autora colocar em palavras situações cotidianas com sutileza, mas intensidade real.
Fique satisfeita com a trama, embora seja um livro que me conquistou muito mais pela escrita.
Proibido – Tabitha Suzuma
Editora: Valentina LTDA
Sinopse:‘Ela é doce, sensível e extremamente sofrida: tem dezesseis anos, mas a maturidade de uma mulher marcada pelas provações e privações da pobreza, o pulso forte e a têmpera de quem cria os irmãos menores como filhos há anos, e só uma pessoa conhece a mágoa e a abnegação que se escondem por trás de seus tristes olhos azuis.
Ele é brilhante, generoso e altamente responsável: tem dezessete anos, mas a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida, e só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter que se escondem por trás daqueles intensos olhos verdes.
Eles são irmão e irmã.
Com extrema sutileza psicológica e sensibilidade poética, cenas de inesquecível beleza visual e diálogos de porte dramatúrgico, Suzuma tece uma tapeçaria visceralmente humana, fazendo pouco a pouco aflorar dos fios simples do quotidiano um assombroso mito eterno em toda a sua riqueza, mistério e profundidade.’
O que eu achei: Quem me falou desse livro foi a Fran, do ‘Caçadoras de Spoilers’ e, ao acabar ‘Proibido’ percebi que estava triste.
O livro é denso, com uma história realmente penosa, que traz pra leitor a aflição dos personagens com muita clareza. Remete ao peito de quem lê a dor de ser um deles, dentro de toda aquela trama.
Apesar de não gostar muito do tema central, me peguei o tempo todo moralmente dividida, o que também é um mérito da autora e da boa colocação das dúvidas dos personagens principais.
Bem ambientado e com uma reviravolta quase ‘pré-anunciada’, o livro, apesar de doloroso, é bem escrito e termina bem coerente.
Depois Daquela Montanha – Charles Matin
Editora: Arqueiro
Sinopse:‘O Dr. Ben Payne acordou na neve. Flocos sobre os cílios. Vento cortante na pele. Dor aguda nas costelas toda vez que respirava fundo. Teve flashes do que havia acontecido. Luzes piscavam no painel do avião. Ele estava conversando com o piloto. O piloto. Ataque cardíaco, sem dúvida. Mas havia uma mulher também – Ashley, ele se lembra. Encontrou-a. Ombro deslocado. Perna quebrada. Agora eles estão sozinhos, isolados a quase 3.500 metros de altitude, numa extensa área de floresta coberta por quilômetros de neve. Como sair dali e, ainda mais complicado, como tirar Ashley daquele lugar sem agravar seu estado? À medida que os dias passam, porém, vai ficando claro que, se Ben cuida das feridas físicas de Ashley, é ela quem revigora o coração dele. Cada vez mais um se torna o grande apoio e a maior motivação do outro. E, se há dúvidas de que possam sobreviver, uma certeza eles têm: nada jamais será igual em suas vidas. Publicado em mais de dez países, Depois daquela montanha chegará às telas de cinema em 2017, com Kate Winslet (de Titanic) e Idris Elba (de Mandela) escalados para os papéis principais de uma história que vai reafirmar sua crença na vida e no poder do amor.’
O que eu achei: Comecei a ler ‘Depois Daquela Montanha’, por conta dos rumores de um longa (que vem sendo filmado) inspirado no livro e acabou que a obra se tornou um dos melhores livros de 2017 até agora.
Com uma história simples, mas que vai desenrolando, aos poucos, desdobramentos inacreditáveis, o livro tem personagens cativantes e uma história de superação que, apesar de no final se mostrar um pouco clichê, traz em si muitos momentos de reflexão ao leitor sem entendiar.
A forma como foi escrito e a densidade de cada cena descrita, me proporcionou uma sensação de imersão incrível, que um livro há muito não conseguia.
A Lista Negra – Jennifer Brown
Editora: Gutemberg – Brasil
Sinopse:‘Lançado no Brasil pela Editora Gutenberg, a obra Jennifer Brown é uma ficção que mergulha no mundo juvenil repleto por situações marcadas pelo bullying, preconceito e rejeição.
Essa é a história de Val e Nick. Eles são dois adolescentes que se conhecem no primeiro ano do ensino médio e se identificam de imediato. Val convive com pais ausentes, que brigam o tempo todo e só criticam suas roupas e atitudes. Nick tem uma mãe divorciada que vive em bares atrás de novos namorados. Os dois são alvo de bullying por parte de seus colegas do Colégio Garvin. Nick apanha dos atletas e Val sofre com os apelidos dados pelas meninas bonitas e populares. Ambos compartilham suas angústias num caderno com o nome de todos e tudo que odeiam, criando um oásis, um local de fuga, um momento de desabafo, pelo menos para Val. Já Nick não encara a lista e os comentários como uma simples piada. Há alguns meses, ele abriu fogo contra vários alunos na cantina da escola. Atingida ao tentar detê-lo, Valerie também acaba salvando a vida de uma co¬lega que a maltratava, mas é responsabilizada pela tragédia por causa da lista que ajudou a criar. A lista das pessoas e das coisas que ela e Nick odiavam. A lista que ele usou para escolher seus alvos.’
O que eu achei: Depois de ver ESSE VÍDEO, ao procurar algumas referências pra assistir ou não ’13 Reasons Why’, fiquei curiosa pela história de ‘A Lista Negra’ e por isso, entrei de cabeça no livro.
Com uma trama tensa, contada de uma forma bem diferente e mesmo assim confortavel, achei o livro bem escrito e super bem montado.
É certo que ajuda muito contarmos com personagens super bem descritos e com a forma delicada, mas ao mesmo tempo profunda, que a autora escolheu pra contar cada uma das histórias, se apropriando tão bem do universo juvenil e todas as suas dificuldades.
Preciso citar a relação familiar da protagonista: que história bem construida! O fato dela ter problemas tão velados dentro de casa, traz um outro prisma, uma forma sutil e quase oculta de reportar o quão tóxicas podem ser algumas relações, mesmo que delas não surjam abusos mais graves.
Por fim, achei o livro super indicado pro público mais juvenil. Ele não glamouriza a violência, nem trata com descaso suas consequências, mostrando de vários pontos de vista diferentes, o impacto que ela pode ter.
Eleanor & Park – Rainbow Rowell
Editora: Novo Século
Sinopse:‘Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.’
O que eu achei: Esperava mais do tão bem falado livro.
Apesar de me despertar empatia, os protagonistas não são muito carismáticos, o que acho que faz a história ficar mais pesada.
Amei a ambientação anos 80 e as referências musicais, mas acho que o livro vale mesmo pelos modelos de problematização que enxergamos em vários personagens da trama, mas não evolui muito porque se torna repetitiva.
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Se você já leu algum desses livros ou ficou com vontade de ler, me conta nos comentários!
Vamos falar sobre eles!
Não esquece de me adicionar no ‘GoodReads’ (é só me procurar como ‘Vera Tripari’), meu vício mais recente! ♥
beijos