#beda17 – 4+1 filmes (simples e didáticos) com histórias feministas!

Selecionei nesse post, como entrega o título,  4+1 filmes (simples e didáticos) com histórias feministas, pra todo mundo que acha que o feminismo é complexo ou não entende que, mesmo as mais sutis mensagens, programam em nosso comportamento um padrão, e que, qualquer coisa que nos afaste disso, vem em beneficio da evolução.
Vamos atinar nossos radares pras mensagens bacanas, atuais e que provém crescimento!

PicMonkey Collage

Histórias Cruzadas (2012)
Sinopse: ‘Jackson, pequena cidade no estado do Mississipi, anos 60. Skeeter (Emma Stone) é uma garota da sociedade que retorna determinada a se tornar escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark (Viola Davis), a emprega da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista, o que desagrada a sociedade como um todo. Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesões’
Feminista onde? O filme já passa pelo teste de Bechdel de cara (como já contei NESSE post!), então, já dá pra notar que é um longa feminista. Ainda assim, se você precisa de mais motivos: protagonistas mulheres negras que não estão falando (mencionando sequer) ‘man issues‘.

Preciosa (2010)
Sinopse:1987, Nova York, bairro do Harlem. Claireece “Preciosa” Jones (Gabourey Sidibe) é uma adolescente de 16 anos que sofre uma série de privações durante sua juventude. Violentada pelo pai (Rodney Jackson) e abusada pela mãe (Mo’Nique), ela cresce irritada e sem qualquer tipo de amor. O fato de ser pobre e gorda também não a ajuda nem um pouco. Além disto, Preciosa tem um filho apelidado de “Mongo”, por ser portador de síndrome de Down, que está sob os cuidados da avó. Quando engravida pela segunda vez, Preciosa é suspensa da escola. A sra. Lichtenstein (Nealla Gordon) consegue para ela uma escola alternativa, que possa ajudá-la a melhor lidar com sua vida. Lá Preciosa encontra um meio de fugir de sua existência traumática, se refugiando em sua imaginação.
Feminista onde? Fora toda a onda de termos duas mulheres no centro da história, o filme mostra a libertação de vários tipos de abusos contra a mulher.

Mulan (1998)
Sinopse: ‘Quando os mongóis invadem a China, o imperador decreta que cada família ceda um homem para o exército imperial. Com isso, uma jovem fica angustiada ao ver seu velho e doente pai ser convocado, por ser o único homem da família. Ele precisa ir, mesmo sabendo que certamente morrerá, para manter a honra da família. Assim, sua filha rouba sua armadura e espada, se disfarça de homem e se apresenta no lugar do pai, mas os espíritos dos ancestrais decidem protegê-la e ordenam a um dragão que havia caído em desgraça, que convença a jovem a abandonar seu plano. Ele concorda, mas quando conhece a jovem descobre que ela não pode ter dissuadida e, assim, decide ajudá-la a cumprir sua perigosa missão de ir para a guerra e voltar viva.’
Feminista onde? O enredo já diz por si próprio que em ‘Mulan’ podemos ver a força que vem de uma mulher, mesmo dentro do que seriam ‘tarefas’ e coragem ~masculinas~.

Um Sonho Possível (2010)
Sinopse: ‘Michael Oher (Quinton Aaron) era um jovem negro, filho de uma mãe viciada e não tinha onde morar. Com boa vocação para os esportes, um dia ele foi avistado pela família de Leigh Anne Tuohy (Sandra Bullock), andando em direção ao estádio da escola para poder dormir longe da chuva. Ao ser convidado para passar uma noite na casa dos milionários, Michael não tinha ideia que aquele dia iria mudar para sempre a sua vida, tornando-se mais tarde um astro do futebol americano.’
Feminista onde? Contra todas as possibilidades, o longa retrata uma mulher que vai a luta pelo direito de ir a luta por quem quiser.

Frozen (2014)
Sinopse: ‘A caçula Anna (Kristen Bell/Gabi Porto) adora sua irmã Elsa (Idina Menzel/Taryn Szpilman), mas um acidente envolvendo os poderes especiais da mais velha, durante a infância, fez com que os pais as mantivessem afastadas. Após a morte deles, as duas cresceram isoladas no castelo da família, até o dia em que Elsa deveria assumir o reinado de Arendell. Com o reencontro das duas, um novo acidente acontece e ela decide partir para sempre e se isolar do mundo, deixando todos para trás e provocando o congelamento do reino. É quando Anna decide se aventurar pelas montanhas de gelo para encontrar a irmã e acabar com o frio.’
Feminista onde? Diferentemente de tantos outros filmes da Disney, o longa coloca luz uma relação de irmandade, de confiança e amor, pelos olhos de duas irmãs.

*

Se você lembrou de algum filme simples e bem didático que poderia entrar nessa lista, não esquece de deixar nos comentários!
Vamos conversar!

beijos ♥

#beda6 – Algumas minas nos livros (e o que eu acho delas).

Esse pode vir a se tornar um post polêmico, mas ensaio escreve-lo a tempos.
A questão é que agora, mais do que nunca, definitivamente preciso falar  de algumas minas nos livros.
Senti que precisava colocar luz em cima da lacuna de influência importante que as personagens femininas ocupam e falar o que penso de algumas delas.
tumblr_mezvyyjwqt1r0t20mo1_500

Já vou começar citando uma dessa safra nova de personagens jovens, talentosas, inteligentes e independentes: Hermione Granger. A bruxa dedicada e completa, trouxe aos livros de Potter um papel cheio de representatividade e abriu espaço para que outras grandes protagonistas chegassem, especialmente no gênero teen, como foi o caso de Katniss Everdeen, em ‘Jogos Vorazes’ e Tris, na saga ‘Divergente’.
Parece que não, mas estas protagonistas fazem as vias de mostrar um #GRLPWR poderoso pra uma coluna grande de meninas novas que ainda estão em um processo árduo de ganho de confiança.

Claro que, com a grande gama de estilos presentes na literatura, podemos esbarrar com muitos estereótipos de mulheres e é um pouco o que acontece com as protagonistas fortes, mas violentas de Gillian Flynn, tanto Libby Day (‘Lugares Escuros’), como Amy (‘Garota Exemplar’), por exemplo, são mulheres que se vêem em situações complexas, dilemas íntimos, mas que se mantêm de pé.
Ambas lembram a Annie de Stephen King em ‘Louca Obsessão’, uma mulher obstinada, forte, decidida, mas que acaba por usar sua força para uma satisfação pessoal.

Também acontece com as taxadas fortes, mas românticas e dependentes. Encontramos essa protagonista perdida em Becky Bloom (‘Os Delírios de Becky Bloom’), em Claire (‘Melancia’) e em Bridget Jones (‘O Diário de Bridget Jones), mulheres que aprendem a ganhar suas libertações em seus livros, mas que acabam por cair no clichê romântico.
Um pouco do que acontece na essência de Mia Thermopolis em ‘O Diário da Princesa’, mas que é rapidamente tirado de cena para dar espaço a uma princesa independente e diferente.
Tudo isso funcionando opostamente melhor em, por exemplo,‘O Diabo Veste Prada’ com Andy.

Preciso terminar essas menções com as honrosas: Malala Yousafzai e Anne Frank. Personagens fortes, reais e maravilhosas! ♥

Esse post poderia durar infinitas letras, porque sempre me pego lendo livros com protagonistas femininas.
Vocês, minas incríveis que leem este bloguinho, também são assim?
Preferem livros com protagonistas mulheres ou é indiferente?! Reparam nisso?

Me contem nos comentários!
Beijos ♥

5+1 bandas CHEIAS de GIRL POWER!

Se engana quem discursa que o GIRL POWER só está presente na música dentro do pop/R&B. Logo, esse post vem pra provar justamente o contrário isso.
Listei 5+1 bandas CHEIAS de GIRL POWER, na atitude, nos vocais e nas letras, pra mostrar pra todo mundo que desde que o mundo é mundo, as minas já mandam bem na liderança de bandas que se replicam no universo masculino.

1

O ‘Blondie’ foi inspiração pra gente como Madonna e abriu shows dos Ramones.
Deborah Harry não apenas fundou a banda, como foi a inspiração pro nome escolhido pelos integrantes.
Maior hit que você respeita: ‘One Way Or Another’

O ‘Paramore’ foi mais uma banda que tem a vocalista, Hayley Williams em sua fundação.
O ‘pé-na-porta’ do machismo ficou ainda mais evidente no lançamento de ‘RIOT’, o segundo álbum da banda que homenageia, com esse título, o movimento de fanzines, festivais e bandas de hardcore punk rock e feminismo.
Maior hit que você respeita: ‘Misery Bussiness’

De todas as bandas que eu vou citar nesse post, ‘Roxette’ é provavelmente a mais pop de todas, mas ainda assim, tem um poder imenso.
Por ser sueca, por ter estourado no fim da década de 80, por ter se mantido tanto tempo nos TOP Hits da Billboard, enfim, por ter construído uma sólida carreira com Marie Fredriksson no comando.
Maior hit que você respeita: ‘Listen To Your Heart’

Dispensa comentários: O ‘No Doubt’ é a banda mais GRL PWR do cenário rock nos anos 90, trouxe pras nossas vidas Gwen Stefani, chuva de sucessos (das que a gente canta pra pular ou pra sofrer) e toda a força de uma linha de minas poderosas que viram depois.
Maior hit que você respeita: ‘Don’t Speak’

O que dizer de ‘Garbage’ e sua Shirley Manson?
Mais uma banda repleta de hits, cheia de personalidade, muito usada como inspiração para essa ‘libertação’ grandiosa que aconteceu no começo dos anos 90.
Maior hit que você respeita: ‘I Think I’m Paranoid’

A musa brasileira, baiana, filha de roqueiro, chegou ao mundo da música com a banda que leva seu nome, trazendo um rock cheio de letras fortes e com uma pegada diferente de tudo o que já havia sido feito aqui, especialmente por mulheres. No meio de um furacão da geração pop, Pitty, trouxe questionamentos e batidas pesadas com letras incríveis pro cenário.
Maior hit que você respeita: ‘Máscara’


Vocês conhecem alguma banda de GLR PWR que faltou aparecer por aqui?!
Me conta nos comentários!
Beijos ♥

Por que o feminismo explica a cultura do estupro?

Que este é um blog cheio de conteúdo aleatório e que dá surra de entretenimento, todo mundo sabe, mas existem momentos em que a garganta trava, os braços ficam tensos e PRECISAMOS falar de coisas que importam ainda mais.
E pra falar sobre isso, precisamos voltar um pouco na história.

Nos confins do inicio do desenho da sociedade, uma estranha divisão aconteceu:
os homens, com suas estruturas largas e capacidade de força maior, foram enviados a função de ‘prover o sustento do lar’ caçando ou fazendo o ”trabalho duro”, enquanto as mulheres ficavam em suas cavernas casas, tomando conta de tudo o que ficou ‘por fazer’: filhos, limpeza, organização e outras ”pequenas” tarefas domésticas.
Graças a esta ~divisão justa~, os homens HISTORICAMENTE foram vistos como: a força maior.
Aos poucos, essa força foi tomando forma, ganhando vida e ultrapassando o limite físico, ela se tornou também uma força moral, e foi graças a essa força, que a sociedade começou a se delinear definitivamente um patriarcado.
Anos depois (resultado de um crescimento natural), para derrubar alguns desses limites, diante de novas circunstâncias (por exemplo o fato do homem sozinho não conseguir mais prover ‘a família’, e a mulher precisar ajuda-lo trabalhando fora), as mulheres passaram a buscar mais informações, mais entendimento e, consequentemente, passaram a lutar por igualdade, visando uma sociedade mais JUSTA.
Essa luta foi (é!) chamada de feminismo.

(Tudo isso é importante para CONTEXTUALIZAR a atual situação da sociedade e o papel da mulher nela).

Vejam bem:
Quando coloco que esta luta é chamada de feminismo ainda hoje, quero dizer que esta luta não está nem PERTO de terminar.
O que quer dizer que, ainda precisamos buscar um lugar na sociedade, onde não sejamos rotuladas do que quer que seja.

Este gancho, me deixa falar sobre o fato da sociedade nos enxergar como um ‘enfeite’, como um premio exibicionista que nos diminui e empondera o homem machista que acredita que ‘acuar para ~seduzir~’, ‘dopar para transar’, ‘forçar algo porque isso é só ~charme~’, ‘não ouvir um ~não~, quer dizer ~sim~’, é normal.
NÃO É.
Isso é cultura do estupro, aliás, junto com outras VÁRIAS situações, que você já pode ter vivido/presenciado.
estupro-

A cultura do estupro começa quando você, que é menina/mulher/mãe/filha/avó/amiga, não consegue pegar um ônibus a noite para voltar do trabalho por medo.
A cultura do estupro começa quando você, que é menina/mulher/mãe/filha/avó/amiga, não consegue passar por uma rua repleta de ‘caras reunidos’ por vergonha.
A cultura do estupro começa quando você, que é menina/mulher/mãe/filha/avó/amiga, não consegue entrar num táxi sozinha por preocupação.
A cultura do estupro começa quando você, que é menina/mulher/mãe/filha/avó/amiga deixa de usar aquela saia que tanto gosta por pavor.
A cultura do estupro começa quando você, que é menina/mulher/mãe/filha/avó/amiga, tem que aceitar as brincadeiras machistas dos amigos ao receberem um ‘videozinho vazado’ por receio.
A cultura do estupro começa quando você, que é menina/mulher/mãe/filha/avó/amiga, acha que a culpa é da vítima.
(para complementar essa última afirmação:)

Dito tudo isso, vale reforçar que não importam as circunstâncias: ter o corpo, a privacidade e a vontade própria violados caracterizam sim estupro e precisam de providências.
Por isso, para denunciar ligue 801!

Algumas das minhas amigas, aqui da interwebs, falaram disso nos seus bloguinhos.
Passa lá pra ler mais sobre o assunto:
30 contra todas!
Eu sinto empatia com a dor dela você, não?
Não abuse, cuide!

*

Por que precisamos falar do novo clipe do DNCE?

Este blog tem como premissa mostrar todas as coisas que mexem com minha cabeça flutuante e com todas as coisas que movimentam meu dia-a-dia, logo, me senti numa obrigação moral comigo mesma de falar desse clipe MARAVILHOSO do DNCE, a banda mais recente do ex-Jonas Brothers, Joe Jonas.

Depois de décadas tendo que lidar com clipes como ‘This Love‘, do Maroon 5, ‘Blurred Lines‘, do Robin Thicke (ft. Pharrel) e TANTOS outros que trazem em seu protagonismo mulheres ~dentro dos padrões~, modelos Victoria’s Secret com barrigas chapadas e cabelos incríveis, finalmente podemos encher a boca para citar o novo clipe dessa banda, relativamente nova, e que deu um ‘tapa’ na cara da sociedade ao trazer como protagonista a modelo plus-size, Ashley Graham.
ashgiiiif
-que mulher maravilhosa. Aff-

A banda, que estourou no começo desse ano com ‘Cake By The Ocean’ que, aliás, é uma música MARAVILHOSA de dançar e ainda trás um sample de ‘Never There‘ do Cake (entenderam o trocadilho?), apresentou o clipe ontem, 19/05/2016 e surpreendeu com o roteiro cheio de cenas de amorzinho e pegação na balada, protagonizados por Ashley e Joe Jonas.

Mas por que eu tô falando disso e por que isso é importante?

Simplesmente porque HISTORICAMENTE um clipe assim nunca foi feito antes.
Nunca vimos os holofotes no rosto de uma mulher linda, considerada plus size, sendo levada a sério, aparecendo em cenas de calcinha e sutiã sem retoques, com blusas cavadas e clima de romance com o ”galã” da história.
Simplesmente porque ano após ano fomos vendo a cultura ao corpo (que não tem NADA  ver com saúde) crescer e se tornar um dos pilares do dia-a-dia que a sociedade adora camuflar como ‘preocupação’.
Simplesmente porque essa mulher entra nesse cenário e passa a representar quem não se sente representado nos clipes do Maroon 5, passa a falar com jovens que ainda estão formando seus sensos de auto-estima e suas personalidades com relação a senso estético, passa a mostrar que o culto ao padrão, qualquer que seja ele, é contraditório, porque sempre vão existir vidas fora dele que inevitavelmente acabam podadas.
Padrões são segregadores, então, como podem ser bons?!

Agora, dá uma olhada nesse clipe (QUE MÚSICA, MORES!) e não esquece de me contar o que você achou!

*

beijos ♥

4 coisas que aprendi com o feminismo!♥

Desde 2013 me tornei uma leitura assídua de conteúdos que envolviam, especialmente, o feminismo. Graças a toda essa leitura, conhecimento e atividade dentro do movimento, me tornei uma feminista e agora, posso dizer que, consigo entender e passar pra frente as bases da representação dele dentro da minha realidade.
Pensando nisso, decidi encorajar vocês, migos e migas a encararem cinco minutinhos dentro do tema e listei 4 coisas que aprendi com o feminismo.
Vem comigo!

Entender, identificar e eliminar (da vida) quem impede meu crescimento como mulher
Sabem aquele discurso do migo (pode ser alguém da família, um amigo, um boy magya) de ‘vocês, mulheres, sempre precisaram da gente‘ ou ‘nós temos que servir no exército, e vocês, o que fazem pela sociedade?‘, ou tipo isso?! Graças ao feminismo isso não existe mais por aqui!
Quando o migo ameaça abrir a boquinha pra ser caga regra eu simplesmente saio da sala felizona por não ter que ouvir tanta asneira :) (Se você não acredita que esses caras existam, clica AQUI pra conhecer os Homenzinhos de Merda™ )

Emponderamento
Aposto que você, que conhece um pouquinho do cenário, sabe que emponderamento é uma palavra mágica pro feminismo.
Emponderar nada mais é que um processo de aquisição de ferramentas para combater nossas opressões. É quando nos tornamos mais fortes para desconstruir os papéis que nos impõem e para lutar por equidade, sejam eles sobre como nos sentimos, como a sociedade diz que devemos nos sentir ou nossos cenários de vida.
O que quer dizer que o feminismo me ensinou a desconstruir critério e ideias e lutar pelo meu ‘lugar ao Sol‘ dentro da sociedade.

Sororidade
Mais uma palavra que, quem lê sobre, já está familiarizado.
Desde pequenas, nós mulheres, somos treinadas como soldadas para sermos rivais umas das outras. O-T-E-M-P-O-T-O-D-O.
A sororidade me ensinou a árdua tarefa de me colocar na situação da amiguinha, e mais do que isso, de brigar por ela, junto com ela, ao seu lado! Essas coisas de ‘mulher se arruma pra outras mulheres (sentirem inveja)‘ ou de ‘fulana de tal usa roupa curta, é vagabunda‘, na verdade, tudo isso, acabou por aqui graças ao feminismo :)

Agregar é o caminho!
Outra ideia da sociedade que vivemos desde os primórdios é a segregação, o que só causa mais separatismo e, consequentemente, elitismo. Graças ao feminismo, abri minha cabeça para TANTOS outros movimentos, minorias e pontos de vista, tantas outras batalhas alheias e ideias diferentes das que já tinha ~montadas~ dentro do meu intelectual, que sinto a diferença no meu posicionamento e entendimento visivelmente, o que me ajudou, particularmente, a lidar com tipos diferentes de pessoas.

Se você ainda duvida de tudo que aprendi desde que comecei a ler, entender e praticar o feminismo, dá uma olhada nesse post AQUI, onde eu conto onde leio e o que sigo pra ficar TÃO fera assim no assunto.

E pra você que ainda não entendeu:
tumblr_m808628leo1qak4zoo1_500/♥/

Se você tem algum texto legal ou alguma coisa pra contar sobre feminismo, não esquece de comentar!
beijos♥

(esse post é dedicado a minha amiga mais feminista e que me ensinou e ensina boa parte dessa prática: Karloca♥)

Especial Ano Novo: Girl-Power Mode *ON*

Nesse quarto dia do Especial Ano Novo, eu decidi não listar nada, apenas fazer um texto com um apanhado geral sobre algumas MULHERES incríveis de 2014.

Esse ano, em especial, parece que houve uma grande revolução. 2014 aparentemente foi um ano histórico para a mulher, principalmente, da chance de usar dos veículos de mídia massiva (como a internet) para FALAR. Parece que 2014 foi um megafone.

PicMonkey Collage1

 Preciso começar falando da, ainda menina Malala Yousafzai. A ativista paquistanesa, completamente distante da minha realidade e da de tantas outras pessoas ao redor do mundo, que simplesmente escolheu lutar pelos direitos das mulheres (em especial) da sua região natal, um lugar onde o preconceito com a mulher é histórico e está entranhado entre paredes e homens retrógrados. Essa luta gerou consequências, mas Malala não desistiu, mostrou a força da nova mulher e ainda ganhou um Prêmio Nobel da Paz, pela sua luta contra a repressão de crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação.
De lá, dá pra correr e falar sobre a campanha #HeForShe, promovida pela embaixadora de boa-vontade da ONU (e bruxinha nas horas vagas), Emma Watson.  O cenário poderia ser o mesmo de Malala: temos outra mulher lutando pelos direitos de IGUALDADE e pelo APOIO masculino para fazer acontecer. Direitos simples e genéricos que deveriam ser compreendidos e abraçados, anulando as barreiras que separam, nós mulheres, do resto do mundo.
Ainda usando esse gancho feminista, consigo citar mais mulheres públicas, poderosas, midiáticas e fabulosas, que definitivamente se engajaram em levantar a bandeira a favor do movimento. Amy Poheler, Beyoncé, Taylor Swift, Zooey Deschanel e, uma das percursoras do assunto nas grandes mídias, Lena Dunham.
Todas elas e sem exceção, usaram sua voz, sua música, suas obras ou, simplesmente, sua chance de falar ao grande publico, para afirmar e reafirmar o quanto essa fase é importante para nossas conquistas futuras.
PicMonkey Collage2

Na contra mão do feminismo, Jen Law sofreu uma pressão por ter fotos intimas nas mãos de invasores que a ameaçaram e viralizaram sua intimidade sem o menor direito, enquanto a derrubadora oficial de forninhos (e da internet), Kim Kardashian West, posava como veio ao mundo por livre espontânea vontade para uma das capas mais comentadas de 2014.
Ainda falando em capas, uma outra capa que rendeu comentários foi a de Laverne Cox. A estrela de ‘Orange Is The New Black’,  foi a primeira pessoa transgenêro a aparecer na capa da renomada Times, quebrando mais um tabu histórico.

 Não dá pra dizer que só as gringas deram o ar de sua graça em nosso 2014. Julia Petit anunciou uma parceria histórica junto a marca de maquiagens mais cobiçada do mundo, a MAC. Além dela, tivemos uma blogueira na capa da Capricho, Bruna Vieira mostrou que a internet pode brilhar desconectada também. Bonito de ver foi o site Lugar de Mulher ensinar tanta coisa sobre o cenário que vivemos e preparar tantas de nós para um futuro próximo.

 Eu acredito sim que o mundo ainda precisa melhorar. Caminhamos exatamente como canta Lulu: ‘Com passos de formiga’ – mas não sem vontade. Não mais. Graças as Marias, Joanas, Anas, temos mais perspectivas. Graças as Lupita’s (em lembrança a Lupita Nyongo primeira mulher mexicana / queniana a ganhar um Oscar), as Hadiza’s (em lembrança a Hadiza Bala criadora da campanha #bringbackourgirls), as Joanne’s (em lembrança a Joanne Liu presidente sem fins lucrativos dos médicos sem fronteiras), as Clara’s (em lembrança a Clara Averbuck, escritora e feminista).

2014 com certeza vai ser lembrado pela chance de mudar esterótipos, pela chance de termos voz através de nós mesmas e de mulheres incríveis, donas de seu próprio nariz e amigas das outras mulheres! 2014 vai ser lembrado pelo nascimento de um novo tipo de feminismo, um tipo mais ativo e cada vez maior! Vai ser lembrado por uma sororidade que faz SIM parte do que somos como seres humanos, muito mais do que apenas mulheres!


You go, girls!♥